A era da inteligência artificial (IA) chegou, mas não sem causar ansiedade. Uma pesquisa recente revela que um terço dos trabalhadores dos Estados Unidos afirma que o aprendizado e o uso rotineiro de sistemas de IA consomem tanto tempo quanto seu trabalho realizado sem essas tecnologias. Enquanto isso, 22% admitiram que usam a IA em situações em que não estão confiantes, pressionados para 'beber da Kool-Aid' tecnológica.
Curiosamente, 16% dos empregados recorrem a uma estratégia peculiar: fingem usar a IA para manter os chefes contentes. Essa dinâmica cria um paradoxo fascinante - enquanto alguns se sentem compelidos a mentir sobre o uso da IA, outros usam-na mas se recusam a declarar publicamente que fazem isso.
A ansiedade em torno do tema é tão prevalente quanto a tensão causada pelas redes sociais ou cansaço de reuniões virtuais. Um terço dos participantes da pesquisa mencionou o medo de perderem seus empregos para a automação, enquanto 30% se sentiram 'afogados' pela adoção cada vez maior de IA.
Como Jacqueline Samira, CEO da Howdy.com, destaca: "A empresa deve oferecer suporte, mas o compromisso de praticar, aprender e ser curioso é responsabilidade do indivíduo." No entanto, a falta de treinamento adequado e a incerteza sobre as expectativas dos chefes só exacerbam o problema. Ronan Murphy, chefe de estratégia de dados da Forcepoint, alerta que muitos líderes não compreendem claramente como a IA é implementada em suas organizações.
Enquanto isso, os trabalhadores se perguntam: vale a pena mergulhar na IA ou simplesmente admitir que preferem usar seu próprio cérebro para realizar as tarefas? Afinal, a ansiedade pode ser inevitável, mas talvez um pouco de respiração profunda - ou uma aplicação de meditação power-fita - possa ajudar.