A série The Hunting Wives, disponível no Netflix, reimagina a trama do livro homônimo de May Cobb com um viés bem brasileiro. Enquanto o livro focava em um triângulo amoroso tóxico entre Sophie, Margo e Jed, a série optou por mergulhar fundo nas complexidades da relação entre as mulheres armadas e seu contexto político.
A autora May Cobb descreveu como conheceu a showrunner Rebecca Cutter e mostrou-lhe o Texas, especialmente a 'Beverly Hills of Texas', onde as caçaes talvez se juntassem. O encontro culminou em um final de semana no cabana de sua irmã, inspiração para a trama original.
No livro, Abby, uma estudante do ensino médio, é assassinada após ser levada por duas mulheres à clínica de aborto. Na série, porém, o rumo é bem diferente: Margo, esposa de Jed, é quem decide interromper sua gravidez, descobrindo-se filha do médico que a atendeu.
A série explora temas polêmicos como os direitos ao aborto e o conservadorismo no Texas. A showrunner Cutter declarou que quis abordar a realidade política local sem tomar partido, mas mergulhar nas nuances da questão.
Curiosamente, a produção evita mencionar nomes como Trump, optando por um tom mais genérico, associado ao movimento MAGA. Afinal, o objetivo é criar personagens multidimensional que refletam a complexidade humana em contextos sociais controversos.
Caçaes, Esposas e Mistérios: A Série Netflix Reimagina a História do Livro


The Hunting Wives é mais do que uma simples adaptação: é um espelho de nossas tensões sociais. Com seu enredo cheio de reviravoltas e personagens ambíguas, a série convida o espectador a refletir sobre os dilemas da moralidade moderna. Até Sophie, protagonista inocente no livro, acaba se transformando em uma figura cheia de nuances na TV. Assim como o Brasil, a série é um mistério que desafia nossas certezas.
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