A cidade de Belém, no Pará, se prepara para sediar a COP30, mas o problema da hospedagem está ameaçando transformar essa conferência climática em um drama político. Com diárias nos hotéis que chegam a 2 mil dólares, o País enfrenta críticas por não garantir condições razoáveis para os delegados de países mais pobres.
Uma crise inédita
Para participarem da conferência, delegados de nações mais pobres contam com um diária fixa de 143 dólares. No entanto, em Belém, os preços chegam a 2 mil dólares por noite, tornando impossível a participação de muitos países. "A ausência dos países mais pobres fará com que a COP perca legitimidade", alertou o embaixador André Corrêa do Lago.
Balanced
Enquanto isso, o governo brasileiro mantém a postura de "plano A" e tenta encontrar soluções na cidade. Uma plataforma digital foi lançada para oferecer alternativas de hospedagem, incluindo casas particulares e até navios de cruzeiro.
Crítica à organização
Cláudio Angelo, do Observatório do Clima, critica omissão do governo. "O Brasil não fez a mínima coisa para que as pessoas pudessem chegar", disse. Pesquisadores locais também apontam falta de planejamento e acordos com empresários do setor hoteleiro.
Amazônia como palco
A escolha da Amazônia para sediar a COP30 foi considerada ousada, mas o fracasso na organização pode transformar o evento em um exemplo de como não deve ser feita uma conferência climática.