A crise na saúde ocular da Grande Florianópolis ganhou um novo capítulo, e não é exagero dizer que ela está acontecendo literalmente nos olhos das vítimas. Dois hospitais referência no atendimento de traumas oculares — o Hospital Regional de São José e o Hospital Governador Celso Ramos — estão paralisados por falta de equipamentos essenciais. Enquanto isso, idosos e pessoas com deficiência, que já enfrentam desafios diários, agora têm suas vidas ainda mais complicadas.
Essa situação não é só uma questão técnica ou burocrática; é um reflexo de como nossa sociedade prioriza — ou não prioriza — a saúde. Enquanto os olhos das vítimas buscam socorro, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) notificou o Governo do Estado sobre a urgência da restituição dos equipamentos. Parece que, em algumas situações, é preciso um órgão fiscalizador para que as coisas simplesmente funcionem.
Enquanto isso, a equipe médica tenta minimizar os impactos com procedimentos paliativos. É como se estivessem jogando água no fogo de uma crise que, sem os equipamentos adequados, só vai crescer mais e mais. E é inevitável perguntar: em um país onde a saúde pública já sofre tantos desafios, será que isso é novidade? Ou será que estamos apenas vendo o iceberg de um problema maior?
Essa crise não afeta somente os pacientes; ela também expõe a fragilidade do sistema. É uma lição dolorosa sobre como a falta de investimentos e planejamento pode se traduzir em sofrimento humano. E é um lembrete constante de que, no final do dia, estamos todos vulneráveis — especialmente aqueles que já enfrentam desafios diários.
Enquanto isso, os olhos da Grande Florianópolis continuam a buscar ajuda, e o MPSC aguarda uma resposta. Será que alguém está realmente ouvindo?