Em plena Itália, o arrebatamento de uma figura que se julgava intocável por possuir cidadania italiana. Angelo Bonelli, um dos rostos da oposição ao governo de Giorgia Meloni, narra com orgulho e indignação sua atuação na detenção da deputada federal brasileira Carla Zambelli. Em entrevista exclusiva à Jovem Pan, Bonelli detalhou como, após denunciar o paradeiro de Zambelli às autoridades italianas, passou a receber inúmeras ameaças de morte.
A saga de Bonelli não é apenas um relato de perseguição política. É a história de um homem que, segundo suas palavras, "cumprindo seu dever cívico", enfrenta as consequências de ter desafiado o status quo. Enquanto Zambelli, protegida por laços com o ministro dos Transportes Matteo Salvini e sua proximidade com a família Bolsonaro, tenta transformar um "caso criminoso" em uma questão política, Bonelli se mantém firme. "Não é político, é criminoso", resume o parlamentar italiano.
No Brasil, onde as figuras públicas são frequentemente colocadas no centro de polêmicas e acusações, a história de Bonelli ecoa um questionamento: em que ponto da escalada da polarização política estamos? Enquanto uns defendem a impunidade por trás de títulos de "cidadania honrosa", outros arriscam suas vidas para restabelecer justiça.
"Ajuste, justiceiros, ajuste...", diria o próprio Bonelli, em sintonia com a ironia que permeia sua luta. Em um mundo onde a Justiça parece ter donos e inquilinos, Bonelli é apenas mais uma vítima da guerra dos que querem reescrever as regras do jogo.