Selo de 2.600 anos com nome bíblico é reescrito em Jerusalém

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Em uma descoberta que reacende o interesse por um dos períodos mais marcantes da história de Jerusalém, arqueólogos encontraram um pequeno selo de argila com letras ainda legíveis após 2.600 anos. A peça traz a inscrição 'Pertencente a Yedayah, filho de Asayahu', um nome que evoca o personagem bíblico Asaías, servo de confiança do rei Josias no século VII a.C.


Esta descoberta, realizada durante a análise de sedimentos coletados há anos pelo Projeto de Peneiração do Monte do Templo, é apenas a segunda vez que um selo com uma inscrição tão completa é encontrado. Para os especialistas, isso sugere que o objeto pertenceu a alguém de posição importante, ligado à administração do templo ou ao tesouro real.


Os arqueólogos Zachi Dvira e Mordechai Ehrlich identificaram o selo quase por acaso, enquanto examinavam ossos peneirados. A equipe usou uma técnica de fotografia chamada Transformação de Reflexão (RTI) para confirmar a inscrição, revelando que quase todas as letras estavam preservadas.


Esses selos eram comuns durante o período do Primeiro Templo, servindo como autenticação de documentos ou proteção de depósitos. A presença de nomes bíblicos reforça a ideia de que essas peças eram usadas por pessoas ligadas diretamente ao palácio ou ao templo.


O Projeto de Peneiração, iniciado após a retirada de terra do Monte do Templo nos anos 90, já revelou inúmeros artefatos, incluindo moedas, fragmentos cerâmicos e joias. Hoje, o projeto continua ativo, apesar das interrupções causadas pela pandemia e pela guerra em Israel.


Para Dvira, esta descoberta não apenas ilumina a administração da cidade na época bíblica, mas também conecta o texto sagrado à história real de Jerusalém. 'Hoje entendemos melhor como funcionava o cotidiano próximo ao templo', afirmou.

Camila Fernandes

Camila Fernandes

Em um mundo cheio de ruídos e distrações, é sempre fascinante encontrar algo que transcende o tempo. Este selo não apenas reconta uma história milenar, mas também nos lembra da força da tradição e da capacidade do ser humano de preservar seu legado por gerações. Para quem ama história e arqueologia, esta descoberta é um presente raro.

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