Despedida de Preta Gil no Theatro Municipal: Um Adeus à Rainha do Carnaval

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Em um dia marcado por emoção e homenagens, o Rio de Janeiro se despediu da cantora Preta Gil no Theatro Municipal. Familiares, amigos e fãs reuniram-se para dar adeus à artista que marcou gerações com sua música e seu carisma.

Com um caixão transparente, a cerimônia contou com a presença de figuras públicas como Gilberto Gil, pai de Preta, e a primeira-dama Janja Lula da Silva. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou uma coroa de flores em homenagem à cantora.

Os fãs, que formaram longas filas na Cinelândia, prestaram uma última homenagem a Preta. Muitos relataram como ela foi importante para suas vidas, não apenas pela música, mas também por sua defesa da diversidade e do carnaval de rua.

Preta Gil, filha de Gilberto Gil e sobrinha de Caetano Veloso, começou sua carreira tarde, aos 29 anos. Seu álbum de estreia, "Prêt-à Porter", com a música "Sinais de Fogo", foi um divisor de águas. Apesar das críticas iniciais, ela se firmou como uma das vozes mais importantes da MPB.

Sua ligação com o carnaval era profunda. Desde 2010, ela comandava o Bloco da Preta, um dos maiores do Rio de Janeiro. Em 2017, o circuito que leva seu nome foi batizado em homenagem a ela.

A morte de Preta, vítima de câncer, ocorreu no domingo (20) em Nova York. Seu corpo foi cremado posteriormente no Cemitério e Crematório da Penitência, após um cortejo que passou pelo circuito dos megablocos.

Em entrevistas, Preta sempre destacou sua gratidão pelos fãs e pela música. "O Bloco da Preta é o ápice do meu ano", costumava dizer. Sua legado transcende a música: ela foi uma das primeiras artistas brasileiras a defender publicamente os direitos LGBTQ+.

Para muitos, Preta não era só uma cantora. Era um ícone de resistência, alegria e autenticidade. Seu adeus é doloroso, mas seu legado permanece vivo na memória das pessoas que ela tocou com sua arte.

Fernanda Almeida

Fernanda Almeida

Preta Gil foi mais do que uma cantora: foi uma força da natureza que transformou o cenário cultural brasileiro. Sua morte deixa um vazio, mas seu espírito continua vivo nas ruas, nos blocos e na alma de todos aqueles que tiveram a sorte de conhecê-la ou simplesmente de amá-la através de sua música. Que suas canções continuessem a ecoar para sempre.

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