Trump e os Comediantes Americanos: Uma Guerra de Afinidades

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Em plena guerra de egos, Donald Trump intensifica sua batalha contra os apresentadores de talk shows da TV americana. Recentemente, o presidente dos Estados Unidos não poupou elogios ao anúncio do cancelamento do The Late Show com Stephen Colbert, declarando que a saída do colega foi merecedora e que Jimmy Kimmel estaria 'no próximo na fila' de um suposto 'século dos talentos ruins'. Trump parece ter encontrado seu novo hobby: criticar publicamente os comediantes, transformando o palco da TV em arenas de uma guerra de afinidades.


Enquanto isso, Jimmy Kimmel respondeu com ironia, sugerindo que talvez Trump fosse o próximo na fila. A alusão foi clara: Kimmel fez referência a um artigo do Wall Street Journal que revelou uma carta de Trump para Jeffrey Epstein, datada de 2003. Na época, a carta continha desenhos perturbadores de uma mulher nua e terminava com as palavras 'Feliz Aniversário – e que cada dia seja outro segredo maravilhoso'. A ironia da situação não escapou a ninguém.


Trump, é claro, negou ter escrito a carta. Ele moveu uma ação judicial contra o jornal, acusando-o de difamação e pedindo danos compensatórios de pelo menos 20 bilhões de dólares. Enquanto isso, os comediantes continuam se perguntando até que ponto Trump tem mais importantes afazeres do que dedicar tempo a essas disputas. Como observou Chelsea Handler, parece que o presidente encontrou uma forma peculiar de 'contribuir' com a sociedade.


Essa guerra entre Trump e os apresentadores de TV transcende o riso e a sátira. Ela reflete um padrão maior de como o ex-presidente lida com críticas: transformando-as em uma questão de honra pessoal, respondendo com acusações e desafios. No entanto, Kimmel e outros comediantes mostram que é possível contrapor com inteligência e ironia, mantendo-se na defensiva sem perder a graça.


Afinal, como diria Pippi Longstocking, personagem querida da literatura infantil sueca, talvez o cargo de presidente fosse mais adequado a alguém que entenda melhor as nuances da diplomacia – ou pelo menos tenha um senso de humor intacto.

Maria Oliveira

Maria Oliveira

Enquanto Trump continua a 'contribuir' para os talk shows com suas polêmicas, é interessante notar como o riso e a ironia são armas poderosas contra a soberba. Resta-nos torcer para que, em meio a todas essas guerras de egos, haja espaço para um pouco mais de humildade – ou pelo menos para mais segredos maravilhosos.

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