Eminem, o rapper de Detroit, lançou em dezembro de 2000 a música Stan, onde cria uma carta escrita por um fã que ele nunca conheceu. No clipe, o admirador rejeitado escreve várias vezes para sua idols, mas não recebe resposta nenhuma. Ele desmente e termina suicidando-se jogando sua carroça num lago com sua namorada grávida no porta-malas.
Em 2017, a palavra Stan foi adicionada ao prestigiado dicionário Oxford para designar 'um fã excessivamente apaixonado ou obsessionado por uma celebridade'. E é justamente através do olhar de seus fãs que Eminem decidiu se contar no cinema, em uma sessão única, quinta-feira 7 de agosto, exibida em 180 cinemas em todo o território francês.
O documentário Stans, produzido por ele com seu manager Paul Rosenberg e o diretor Antoine Fuqua (autor de Training Day), é dedicado à sua relação com os fãs, esses Stan famosos, um pouco loucos como ele, dispostos a tatuar 22 vezes seu rosto no corpo ou a tingir os cabelos de loiro, como lembra o guitarrista Ed Sheeran, que fez seu primeiro Tele-croche com 11 anos vestido de Eminem.
Para aqueles que acham que exagerar em fãs é coisa do passado, o documentário é um alerta: a obsessão por celebridades não apenas persiste, mas evolui. Em uma era onde os influenciadores digitais reinam e as redes sociais permitem um contato mais íntimo com idols, os Stan de hoje são ainda mais intensos que os de antigamente.
