Falta de água em Curitiba: o drama diário da infraestrutura

Em pleno século XXI, Curitiba ainda enfrenta desafios antigos que pareciam ter sido superados. Na noite de sexta-feira (25), uma adutora de grande porte rompeu no bairro Cajuru, provocando um drama que afetou 16 bairros da cidade. A tubulação, com incríveis 50 centímetros de diâmetro, vazou como se estivesse em greve. Enquanto isso, as equipes da Sanepar trabalhavam incansavelmente na madrugada deste sábado (26), tentando consertar o que não deveria estar quebrado.

Para quem ainda não entendeu, a água é essencial. E não estamos falando apenas de tomar um copo ou lavar as mãos. Estamos falando de rotinas interrompidas, de planos desfeito, de uma necessidade básica que virou problema diário para muitos.

Os bairros afetados são: Centro, Água Verde, Batel, Rebouças, Cabral, Juvevê, Hugo Lange, Alto da Glória, Jardim Social, Bacacheri, Alto da XV, Tarumã, Capão da Imbuia, Jardim Botânico, Cristo Rei e Prado Velho. Cada um deles tem sua própria história, mas agora compartilha a mesma dor: a falta de água.

A Sanepar recomenda que a população use a água apenas para alimentação e higiene pessoal. Atividades como lavar carros, calçadas ou regar plantas devem ser adiadas. É uma dica prudente, mas também um lembrete doloroso da fragilidade do sistema.

Para acelerar a recuperação, cada imóvel deve ter um caixa-d'água com capacidade mínima de 500 litros. Se você está pensando 'isso é para os outros', saiba que em Curitiba, ninguém está isento desse problema. Até o Prado Velho, bairro tradicional e arborizado, não está imune a essa realidade.

Acompanhe as orientações da Sanepar: ligue para 0800 200 0115, mande uma mensagem pelo WhatsApp (41) 99544-0115 ou use o aplicativo Sanepar Mobile. Em caso de emergência, lembre-se de ter a conta de água ou o número de matrícula do imóvel em mãos. É como se estivessem te preparando para um encontro com a burocracia.

Enquanto isso, pense: por que estamos sempre falando da mesma coisa? Por que as adutoras rompem, e ninguém parece aprender? E o pior é que, assim que a água volta, todo mundo esquece. Até que o próximo rompimento aconteça.