Em visita a Escócia, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou preocupação com a situação humanitária em Gaza e prometeu que os EUA estabelecerão centros de alimentos no território palestino. No entanto, ele fez questão de destacar que Israel deve garantir que essa ajuda chegue à população. Durante encontro com o Primeiro-Ministro do Reino Unido, Keir Starmer, Trump criticou as declarações do Premier israelense, Benjamin Netanyahu, negando a existência de fome na região.
Em um discurso pronunciado em seu campo de golfe em Turnberry, Trump admitiu que baseou suas afirmações sobre a crise alimentar em imagens televisivas de crianças com aspecto de desnutrição. Essa postura contrasta com as declarações anteriores, quando ele parecia mais resignado diante da guerra entre Israel e Hamas.
Enquanto isso, a Organização das Nações Unidas (ONU) começou uma conferência de alto nível em Nova York para discutir soluções baseadas em dois Estados para o conflito israelo-palestino. No entanto, Israel e os EUA decidiram boicotar o encontro, coordenado pelos ministros das Relações Externas da França e da Arábia Saudita.
Em meio a crescente pressão internacional, o governo israelense começou a realizar ações de ajuda humanitária, incluindo aeração de alimentos e pausas no combate para distribuição de suprimentos. Trump apoiou essas medidas, mas insiste que Netanyahu deve fazer mais para garantir o acesso à ajuda.
Como se costuma dizer, a política é um jogo de espelhos. Enquanto líderes mundiais discutem soluções para crises humanitárias, é fundamental questionar quais interesses estão por trás das palavras e ações. Afinal, no mundo da diplomacia, raramente as motivações são tão claras quanto parece.