Em um alerta urgente, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil desmentiu informações circulando nas redes sociais sobre o recrutamento de brasileiros para atuar em conflitos armados internacionais. A nota oficial esclarece que tais anúncios são falsos e não têm ligação com o governo ucraniano ou qualquer outra entidade oficial.
Os perfis envolvidos prometem 'experiências militares' e apoio logístico, inclusive compartilhando fotos de brasileiros supostamente alistados. Uma das artimanhas mais sinistras é orientar que as vítimas comprem passagens apenas de ida para o local do conflito. No entanto, conforme esclareceu o Itamaraty, não é necessário autorização prévia do governo brasileiro para participações em alistamentos voluntários.
Mais alarmante ainda é que casos de desaparecimento e morte de brasileiros na guerra da Ucrânia contra a Rússia têm sido frequentes. Até o momento, já são registrados 9 brasileiros mortos e 17 desaparecidos. Um exemplo emblemático é o de um jovem mineiro de 21 anos, cuja família suspeita que ele tenha morrido em combate, mas não consegue confirmar a tragédia.
Para se proteger desse tipo de engodo, o Ministério recomenda recusar quaisquer propostas de trabalho relacionadas a atuação militar no exterior. Além disso, alerta para os riscos associados ao tráfico de pessoas e orienta que as vítimas busquem assistência consular imediatamente em caso de emergência.
Essa onda de recrutamentos falsos não apenas expõe a vulnerabilidade dos brasileiros, mas também revela uma brecha na segurança digital e nas esferas governamentais. Enquanto o governo age para conter os danos, é fundamental que cada cidadão mantenha-se alerta e informado sobre as ameaças que circulam online.