Jen Easterly e o adeus à West Point: uma aula sobre lealdade e politica

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Em um movimento que parece saído de uma novela política, Jen Easterly, ex-chefe da agência de cibersegurança dos EUA, teve sua oferta para lecionar na renomada Academia Militar de West Point revogada. O episódio, descrito por ela mesma como um sacrifício em nome de uma 'irritação convenientemente fabricada', lança luz sobre os perigos da politização das Forças Armadas e o preço que pagamos quando a lealdade ao presidente se sobrepõe à lealdade à nação.


Em seu post de LinkedIn, Easterly retratou-se como uma servidor público independente, que trabalhou tanto no governo Republicano quanto no Democrático. 'Trabalhei minha carreira inteira não como um partisan, mas como patriota', declarou. No entanto, parece que sua lealdade foi testada — e reprovada — em nome de uma agenda política mais ampla.


Um jogo de espelhos

A saída de Easterly da West Point não é apenas sobre ela mesma. É um reflexo do que está acontecendo no coração das Forças Armadas: a侵蚀ação da confiança pública na instituição, uma vez que a partidarização ameaça sua neutralidade histórica.


Quem são os culpados?

Ainda que o secretário do Exército, Dan Driscoll, tenha ordenado a revogação da oferta de Easterly, não podemos ignorar o contexto. Dois dias antes, Laura Loomer, uma teórica da conspiração de extrema direita, havia criticado publicamente a nomeação de Easterly no X (antigo Twitter). Sua mensagem foi clara: por que alguém ligado ao governo Biden estaria sendo promovido durante um governo Republican?


Entrega ou lealdade?

Easterly não é a primeira vítima desse jogo político. Seu antecessor, Chris Krebs, foi demitido após contradizer publicamente as alegações de fraude eleitoral feitas por Trump. Agora, com Easterly banida da West Point, parece que os diretores da CISA estão se tornando alvos preferenciais de um governo que prefere lealdade pessoal à lealdade constitucional.


Uma lição para o futuro

'A cibersegurança é segurança nacional', declarou Easterly em abril. Três meses depois, suas palavras soam proféticas. Enquanto os EUA se envolvem em uma guerra fria cibernética, a politização da agência responsável por proteger nossas redes ameaça nossa própria segurança.

Camila Fernandes

Camila Fernandes

Jen Easterly pode ter sido vítima de um sistema que mistura política e lealdade institucional. Mas o verdadeiro problema é mais profundo: se o Exército virar campo de batalha político, quem ganha? Nós, certamente, não.

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