Michelle Bolsonaro e o negócio das marcas: uma família que investe no próprio nome

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Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama do Brasil, está expandindo seu império empresarial. Enquanto atua como cabo eleitoral no Partido Liberal (PL), ela também investe em negócios que carregam o nome da família. A ex-primeira-dama solicitou 89 registros de marcas no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), incluindo produtos variados como armas, cigarros, vapes, cosméticos, bebidas alcoólicas e vestuário.


Entre as marcas registradas estão MB Vinhos, MB Cosméticos, MB Calçados, além de nomes icônicos como Michelle Bolsonaro, Jair Bolsonaro, Bolsonaro Mito e Bolsomito. Essa estratégia reflete não apenas um interesse comercial, mas também uma aposta em consolidar a família Bolsonaro como uma marca forte no mercado brasileiro.


Apesar desse esforço, nem todos os pedidos foram aceitos. Outros 13 registros foram rejeitados por falta de pagamento da Guia de Recolhimento da União (GRU). Enquanto isso, Michelle disputa com empresários o direito de usar a marca 'Bolsonaro Mito', especialmente em produtos como vestuário e fumo.


Essa onda de registro de marcas não é nova. Desde 2023, o casal Bolsonaro explorou o lado garoto e garota-propaganda, lançando cosméticos, perfumes e até uma loja virtual que vende produtos como canecas e tábuas de churrasco com o nome da família.


O INPI, ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, é responsável por garantir os direitos exclusivos das marcas no território nacional. No entanto, a Lei da Propriedade Industrial estabelece que nomes de família ou imagens de terceiros não podem ser registrados sem autorização.


Enquanto isso, o ex-presidente Jair Bolsonaro investiu em empresas como a Jambol Promoção de Vendas, especializada em representação comercial e vendas de vestuário. Ele também registrou marcas para óculos de grau e sol, variando entre R$ 300,00 e R$ 359,00.


Essa estratégia reflete uma clara aposta na capitalização do próprio nome, transformando a família Bolsonaro em uma marca comercial. Resta saber se esse negócio renderá dividendos políticos ou apenas desgaste, considerando o cenário brasileiro atual.

Maria Oliveira

Maria Oliveira

Enquanto o Brasil debate questões sérias como educação, saúde e segurança, a família Bolsonaro investe em transformar seu nome em uma commodity. É inédito ver ex-presidentes e suas esposas tentando lucrar com marcas que lembram seus mandatos. Será que o povo brasileiro está interessado nessa onda de 'comercialização da imagem'? Ou será que isso reflete uma crise de legitimidade política? Enfim, é um cenário fascinante – e um pouco triste.

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