Moradores do condomínio Solar de Brasília, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cumpre prisão domiciliar, estão enfrentando um dilema peculiar. Desde que a decisão foi anunciada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, na segunda-feira (4/8), a região transformou-se em epicentro de protestos intensos.
Os transtornos são variados: buzinaços, gritos e congestionamentos constantes. Uma moradora que preferiu não se identificar descreveu a situação com frustração: 'A gente entende o direito de manifestação, mas aqui vivem idosos, crianças, trabalhadores. Eles precisam ter noção de que estamos sem sossego em nossas próprias residências.'
Outro morador, que também optou por não divulgar o nome, relatou a dificuldade diária: 'Eu moro perto da portaria e não estou mais aguentando a presença de manifestantes. À noite, muitos carros passam buzinando e tiram o conforto da gente.'
A movimentação aumentou ainda mais com a realização de uma carreata na terça-feira (5/8), que contou com a participação de figuras como a deputada federal Bia Kicis, o deputado federal General Girão e o desembargador aposentado Sebastião Coelho. O ato começou na Torre de TV e seguiu por cerca de duas horas até o condomínio.
Enquanto isso, os moradores se perguntam: 'Até quando isso vai durar? Não sabemos a verdadeira índole desses manifestantes, mas não queremos incômodos onde moramos.'
Moradores de condomínio de Bolsonaro sofrem sem sossego


É interessante observar como o direito à manifestação colide com os direitos básicos de tranquilidade. Até quando o 'foro íntimo' dos brasileiros será interrompido por atos que, em nome da liberdade, infringem a paz alheia? A ironia aqui é cruel.
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