Recentemente, um processo de discriminação, assédio e retaliação contra a Netflix ganhou destaque novamente, revelando um lado pouco atraente da empresa. A ex-diretora sênior de Aquisições e Co-comissões para Crianças e Jovens, Amy Takahara, refileou sua ação judicial contra a plataforma e Edward Horasz, atual diretor de conteúdo. O caso expõe uma cultura organizacional marcada por comportamentos abusivos e falta de accountability.
Segundo a denúncia, Takahara foi demitida após sete anos na empresa após confrontar Horasz sobre seu comportamento. A queixa detalha como Horasz atribuía créditos fraudulentos por ideias de Takahara, além de atacar sua saúde mental e fazer comentários discriminatórios contra mulheres. O ambiente descrito é um lar para o toxic workplace, onde as vozes dos funcionários não são ouvidas e as políticas de RH parecem mais uma formalidade.
A Netflix, por meio de sua assessoria, negou as acusações, afirmando que Takahara teve sua posição eliminada após um downsizing da equipe. No entanto, a amplitude das denúncias e a evidência documental desafiam essa versão. Acompanhando o boom dos processos contra a empresa, este caso reforça a ideia de que a Netflix é uma praga do século XXI, onde a meritocracia parece ser um discurso fajuto para esconder práticas desonestas.
Mais do que um problema isolado, esses processos refletem um fenômeno global no mundo corporativo. No Brasil, não é raro ver empresas enlutadas por crises de ética e governança, onde o acesso à justiça parece ser uma commodity exclusiva para os mais fortes. Ainda que as leis brasileiras sejam claras em proteger contra assédio e discriminação, a implementação é lenta e muitas vezes falha.
Enquanto isso, a Netflix continua a prometer muita diversão, mas suas práticas internas sugerem que o entretenimento pode ser apenas um manto para esconder um submundo de opressão. Será que veremos mudanças significativas? Apenas o tempo dirá.