Novas vacinas contra o HIV experimentais demonstraram resultados promissores em testes com animais de laboratório e voluntários humanos, apontando para um caminho potencial para prevenir essa doença viral que dura a vida inteira.
Essas vacinas baseadas na tecnologia mRNA, desenvolvidas por cientistas, induziram respostas imunológicas robustas em ambos os testes, com efeitos colaterais mínimos. Os resultados foram descritos em dois estudos publicados recentemente na revista Science Translational Medicine.
Ao contrário do tratamento atual para o HIV, que exige medicação contínua, uma vacina eficaz poderia ser administrada em poucos doses, transformando a forma como lidamos com a epidemia global de aids. No entanto, o desenvolvimento de uma vacina contra o HIV é desafiador, pois o vírus se esconde da resposta imunológica e muta rapidamente.
Os cientistas estão explorando estratégias para induzir anticorpos neutralizadores amplamenteativos (bNAbs), que podem bloquear infecções em muitas variantes do HIV. A abordagem usada nestas vacinas focou na proteína envelopes trimer, que permite ao vírus invadir células humanas.
Os testes clínicos envolveram 108 voluntários saudáveis, divididos em três grupos que receberam diferentes variantes da vacina. Os resultados mostraram que as vacinas que induziram anticorpos mais fortes foram aquelas que promoveram respostas memórias imunológicas, o que é essencial para uma proteção duradoura.
Apesar dos avanços, os cientistas destacaram que os estudos ainda estão em fase inicial e que mais testes são necessários para aprimorar a eficácia das vacinas.