Imagine o cosmos como uma bailarina coreografando movimentos hábil e intricado. Até recentemente, seu dança parecia ser eterno: uma expansão constante impulsionada pela misteriosa energia escura. Porém, físicos internacionais lançaram um balde de água fria nessa visão, propondo que o Universo pode ter um fim em data marcada.
Segundo estudo inovador, a expansão do cosmos pode, um dia, parar e reverter, culminando no Big Crunch, um fenômeno que levaria 33 bilhões de anos para consumar o fim. Esse cenário revolucionário contradiz as décadas de consenso científico que apontavam para uma expansão infinita.
A previsão assombra a imaginação: em cerca de 10 bilhões de anos, nossas galáxias se tornariam espectadores de um colapso cósmico. As estrelas se extinguiriam, as galáxias se aproximariam e o Universo mergulhariaria no que parece ser a reversa do Big Bang, seu próprio estado inicial de alta densidade.
Mais impressionante ainda é que esses cientistas basearam suas conclusões nos dados coletados pelo Dark Energy Survey (DES) e pelo Dark Energy Spectroscopic Instrument (DESI), dois dos maiores levantamentos astronômicos do mundo. Eles argumentam que a energia escura, longamente considerada constante, pode, na verdade, variar com o tempo.
Se essa teoria se provar correta, Einstein talvez viraria em seu túmulo. Seu modelo cosmológico original, que introduziu a constante da cosmologia para reconciliar a relatividade geral com um Universo estático, será desafiado.
Enquanto os cientistas aguardam confirmação, é impossível não se maravilhar diante dessa visão do cosmos. O Universo, tão vasto e misterioso, pode estar dançando para o seu próprio enterro. E nós, meros espectadores desse bailado cósmico, podemos apenas torcer para que nossas estrelas se mantenham brilhantes pelo menos até lá.
