Em um momento histórico e profundamente triste para a mídia pública dos Estados Unidos, o fechamento da Corporation for Public Broadcasting (CPB) marca o fim de uma era. Como relata o experiente advogado Bruce Ramer, que serviu por 16 anos no conselho diretor da CPB, essa entidade foi durante décadas a principal fonte de financiamento para emissoras de rádio e TV públicas, incluindo afiliadas do NPR e PBS.
A decisão do governo Trump de desfiliar os fundos federais da CPB, após anos de lutas na Câmara dos Representantes, culminou em um golpe devastador para o setor. Com a retirada de mais de US$ 1,1 bilhão destinado aos programas de 2026 e 2027, a entidade, que completava quase 60 anos de operações independentes, agora será extinta.
Para Ramer, que se encantou com exemplos como a Marfa Public Radio, uma estação que funcionou durante crises naturais quando outras emissoras falharam, o impacto dessa decisão transcende o financeiro. "O dinheiro financia a radiodifusão", resume ele,强调ando que sem os investimentos iniciais da CPB, muitas dessas emissoras não conseguiriam ampliar suas redes ou oferecer conteúdo de qualidade.
Além disso, a CPB sempre se orgulhou de manter a política longe de suas decisões editoriais. "Há uma frase que usamos: somos a muralha que é socada por ambos os lados", lembra Ramer. No entanto, a extinção da CPB abre um precedente perigoso para o futuro da mídia pública nos Estados Unidos.
Enquanto muitos se perguntam se essa estrutura pode ser ressuscitada com mudanças na administração atual, o legado da CPB permanece vivo: décadas de programas premiados, como Sesame Street, Masterpiece Theatre e o PBS NewsHour, que alcançaram milhões de espectadores e moldaram a cultura americana.
Agora, resta saber se o país aprenderá com esse erro e garantirá que a voz da mídia pública continue a ser ouvida no futuro.