A Operação Duas Caras, deflagrada na manhã desta quinta-feira (7), desvendou um esquema gigantesco de desvio de recursos públicos na área da saúde que chega a R$ 1,6 bilhão. Em Santa Catarina, quatro cidades foram alvos de buscas e apreensões: Mafra, Itapoá, Palhoça e São José. Entre os itens recolhidos estavam celulares de luxo, computadores, relógios exclusivos e uma significativa quantia em moedas estrangeiras.
Os desvios
A investigação, coordenada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), aponta que a Organização Social Associação Mahatma Gandhi criou um departamento paralelo para fraudar contratos e desviar dinheiro público. O esquema permitia que os responsáveis obtivessem lucros pessoais enquanto os serviços de saúde eram comprometidos.
Impactos na saúde
As consequências do esquema foram graves: mortes em unidades administradas pelo grupo e um número elevado de ações trabalhistas. A Justiça determinou a intervenção na entidade para garantir que os serviços de saúde continuem sendo prestados adequadamente.
Prisões e apreensões
Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão, além de um mandado de prisão. Em Santa Catarina, sete celulares, incluindo modelos premium de marcas como Apple, foram apreendidos. Além disso, mais de R$ 91 mil e uma grande quantia em moedas estrangeiras foram localizados.
A atuação da organização
A Associação Mahatma Gandhi atua em seis estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A Polícia Federal já havia realizado a Operação Descalabro em Bebedouro (SP), com foco no desvio de recursos na saúde.
Reações das prefeituras
As prefeituras envolvidas, como Itapoá e Mafra, reforçaram que não têm qualquer envolvimento nos fatos investigados. Elas se comprometeram com a transparência e reiteraram o funcionamento normal dos serviços de saúde.
