Quando Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos, prometeu com entusiasmo: "Vamos perfurar, baby, perfurar!". O slogan ecoou durante sua campanha e foi um lema para as políticas de energia do seu governo. No entanto, seis meses em seu segundo mandato, a administração Trump tem pouco a mostrar em termos de aumento da produção de petróleo e gás natural.
A atividade de perfuração no país caiu para um nível próximo ao mais baixo dos últimos quatro anos. Enquanto isso, os preços do petróleo estão abaixo do necessário para justificar a exploração de novos poços e as tarifas elevadas sobre importações afetam ainda mais o setor. Mesmo com a redução das taxas de royalties e a oferta de terras públicas para perfuração, os produtores estão cautelosos em investir.
"A indústria vai fazer o que a indústria tiver que fazer", diz Jenny Rowland-Shea, diretora do Centro para Lazer Americano. "Eles estão olhando para os mercados globais e as dinâmicas de oferta e demanda, não para políticas domésticas."
Enquanto isso, os incentivos para energias renováveis estão sendo reduzidos, o que pode aumentar a pressão sobre os combustíveis fósseis para suprir a demanda. No entanto, as energias renováveis como sol e vento se tornaram cada vez mais atrativas economicamente, especialmente nos Estados Unidos, onde Texas lidera em produção de energia solar.
A política energética dos EUA está caminhando num caminho cheio de paradoxos. Enquanto o governo Trump promete incentivos para a indústria petrolífera, os mercados globais e as tarifas complicam os planos. A pergunta que reste é: será que "Furacão de Petróleo" everá mais do que um slogan?