A Qualcomm está em 'conversas avançadas' com um cliente de hiperscale que quer usar sua tecnologia em datacenters, mas pode perder um importante cliente móvel para a Samsung. Enquanto isso, a empresa sul-coreana trabalha para melhorar seu processador Exynos, usado em smartphones premium.
Uma corrida pela hegemonia da IA
A Qualcomm, conhecida por seus chipsets Snapdragon, vem tentando se firmar no mercado de datacenters. Em recente ligação com investidores, seu CEO Cristiano Amon destacou a importância dos processadores ARM em um mundo cada vez mais focado em IA e nuvens computacionais. 'A era da IA mudou o jogo', declarou ele, enfatizando a necessidade de processadores especializados para inferência de IA.
Enquanto isso, a Samsung, seu tradicional rival, parece estar recobrando terreno no mercado de smartphones com a melhoria do Exynos. A empresa sul-coreana anunciou que focará em melhorar os SoCs para dispositivos flagships de 2026, usando uma nova tecnologia de fabricação em 2nm.
Os desafios da IA
A corrida pela hegemonia dos processadores personalizados não é fácil. A Broadcom, outra gigante do setor, já trabalha com vários clientes hiperscale, o que pode colocar a Qualcomm em uma posição de desvantagem competitiva. Além disso, as restrições de exportação para a China impostas pelos EUA continuam impactando os negócios, especialmente na área de chips para IA.
Um olhar brasileiro
No Brasil, onde o consumo de tecnologia é cada vez mais intenso, a disputa entre Qualcomm e Samsung pode ter consequências indiretas. Se bem sucedida, a aposta da Qualcomm em datacenters pode impulsionar a adoção de IA no país, beneficiando setores como saúde, educação e-commerce.
Enquanto isso, a Samsung continua lutando para manter sua posição no mercado premium, onde o Exynos ainda precisa mostrar mais musculatura para competir com rivais como o Snapdragon.