A Síria está se preparando para realizar eleições parlamentares entre os dias 15 e 20 de setembro, conforme anunciado pelo presidente do Comitê Superior das Eleições da Assembleia Popular, Mohammed Taha al-Ahmad. Essas serão as primeiras eleições realizadas após a queda do ex-presidente Bashar al-Assad, em dezembro passado, que marcou o fim de um regime ditatorial e开启了 uma nova era na política síria.
De acordo com informações divulgadas, um terço dos 210 assentos no parlamento será ocupado por nomes indicados pelo presidente interino Ahmad al-Sharaa, enquanto os demais serão eleitos. Ainda recentemente, Hassan al-Daghim, outro membro do comitê electoral, declarou que cada província síria terá um colégio eleitoral responsável por votar nos candidatos.
Enquanto isso, a Síria enfrenta crescentes divisões internas. Recentemente, violência sectária eclodiu na provincia de Suwayda, no sul do país, resultando em centenas de vítimas e ameaçando desestruturar a delicada transição pós-guerra.
A intervenção do governo sírio para conter os conflitos teve um caráter controverso. Forças governamentais apoiaram clãs beduínos armados, enquanto combatentes druzes foram vítimas de excessos, incluindo execuções e saques. Até Israel se envolveu, realizando ataques aéreos contra forças sírias para defender o minoría drusa.
Apesar desse cenário complexo, as eleições representam uma tentativa de normalização política no país, ainda que muitos questionem a legitimidade do processo. Resta saber se essas eleições serão um passo rumo à estabilidade ou se reforçarão os divisores de águas na sociedade síria.
Síria se prepara para eleições parlamentares em meio a divisões e violência


Enquanto a Síria tenta recobrar o fôlego político, é difícil não se perguntar se as eleições serão suficientes para unir um país profundamente ferido e dividido. Afinal, a política muitas vezes mascara mais do que resolve.
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