SOM NATIVO: Sete álbuns inéditos celebram a cultura indígena brasileira

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Em um momento histórico para a preservação da diversidade cultural, chega às plataformas digitais a Coleção SOM NATIVO, composta por sete álbuns inéditos de artistas indígenas brasileiros. Projetado em parceria com o Instituto Alok e a UNESCO, este lançamento não apenas celebra a música tradicional dos povos originários, mas também reforça a importância da valorização das línguas e tradições indígenas.


Os álbuns, que fazem parte da iniciativa Década Internacional das Línguas Indígenas, foram produzidos sem interferências criativas por parte do DJ Alok, garantindo que a autenticidade das obras fosse mantida. Cada faixa é uma ode à resiliência cultural e ao legado ancestral dos povos indígenas.


Entre as etnias representadas estão os Guaranis Kaiowás, Kariri Xocós, Huni Kuins, Yawanawas, Guaranis Mbyás, Kaingangs e Guaranis Nhandewas. As letras das músicas, gravadas em idiomas nativos, desenham um mapa sonoro que conecta geografia e história, lembrando a complexidade da herança indígena.


"A música é nossa escrita", declarou Tashka Yawanawa, ativista dos direitos indígenas. "Nossos cânticos são a continuação de nossos conhecimentos e a prova da força das culturas que resistiram ao tempo."


Além disso, o projeto inclui a tradução das letras para o português, espanhol e inglês, permitindo que essas vozes ancestrais ecoem em todo o mundo. "Nossa cultura é nossa tecnologia", afirma Owerá, da etnia Guarani Mbyá. "Vamos continuar mostrando nossa arte e resistência."


Com esse lançamento, o Instituto Alok reafirma seu compromisso com a inserção artística indígena na sociedade moderna. "Queremos que esses álbuns sejam ouvidos como a voz dos povos que resistiram e continuam resplandecendo", diz Alok.


A Coleção SOM NATIVO não é apenas uma homenagem à diversidade brasileira, mas também um alerta sobre a necessidade de preservar as línguas e culturas ameaçadas. "A música é o melhor桥梁 para conectar gerações", resume Everton Lourenço, da etnia Guarani Nhandewa.

Bruno Lima

Bruno Lima

Neste momento em que a tecnologia invade nossas vidas, é profundamente humano olhar para essas vozes ancestrais que resistem e se reinventam. A música, nesse caso, é não apenas uma arte, mas um ato de resistência cultural. Parabéns a todos os envolvidos por manterem vivo o legado dos povos originários.

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