Tarifas de Trump e o jogo político de Lula: uma equação econômica arriscada

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Enquanto o Brasil se aproxima do 'dia D' - 1 de agosto -, a tensão em torno das tarifas impostas pelos Estados Unidos cresce. As negociações, até aqui, pouco avançaram, e o governo brasileiro parece dividido entre a razão e a política. Enquanto Alckmin, Haddad e Tarcísio tentam manter a cabeça fria, Lula parece mais interessado em transformar essa disputa comercial num palanque nacionalista, jogando lodo na oposição.


É verdade que, no curto prazo, o presidente do PT pode sair ganhando politicamente. Quem não gosta de se posicionar contra os Estados Unidos? Um país que historicamente defende a multipolaridade e se coloca em oposição ao imperialismo americano pode até se beneficiar disso na urnas. Mas o problema é que, no médio e longo prazo, as consequências econômicas podem ser devastadoras.


Se as tarifas entrarem em vigor - e parece que isso está bem encaminhado -, o Brasil enfrentará um desaquecimento da economia, uma inflação que não vemos há anos e um dólar mais alto do que já está. E se o governo brasileiro retaliar? Ah, então teremos ainda mais problemas. A indústria nacional, que já sofre com a alta do câmbio, pode colapsar, e os preços dos produtos finais dispararão.


É engraçado como a história se repete. Lula, o 'herói' da esquerda brasileira, está colocando o país em uma posição que lembra aqueles anos do PT no governo, quando as crises econômicas eram encaradas com orgulho, como se fossem merecedoras. Agora, parece que estamos voltando a um erro antigo.


Enfim, é cedo para celebrar. As tarifas de Trump podem ser apenas o início de uma série de problemas que Lula terá que enfrentar - e ele pode descobrir que a política, por vezes, não compensa.

João Silva

João Silva

É impressionante como Lula consegue transformar uma crise em uma oportunidade política. Mas é também triste ver como o Brasil parece estar destinado a repetir os mesmos erros. Vamos torcer para que desta vez as consequências sejam menores.

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