A Tesla está reestruturando suas equipes de tecnologia, marcando um ponto de virada na sua abordagem para a inteligência artificial. A empresa anunciou o encerramento do projeto Dojo, seu supercomputador interno desenvolvido para impulsionar a tecnologia de direção autônoma. O anúncio veio acompanhado da saída de Peter Bannon, líder do projeto, e a redestinação dos membros restantes da equipe para outros projetos dentro da empresa.
Uma nova direção para a IA
A decisão ocorre em um momento crítico para a Tesla, especialmente considerando as ambições de Elon Musk em posicionar a empresa como uma força dominante na área de IA e robótica. No entanto, o lançamento limitado do robô-táxi em Austin no ano passado revelou desafios operacionais, o que pode ter influenciado a reavaliação estratégica.
Dojo foi apresentado pela primeira vez em 2021 como um marco na busca da Tesla por autodireção total. O projeto incluía não apenas um supercomputador, mas também o desenvolvimento de chips personalizados, como o D1 e o sucessor planejado, o D2. No entanto, a empresa agora parece estar priorizando parcerias externas, com um contrato recente de $16,5 bilhões com a Samsung para fabricação de chips.
Impactos na indústria
A dissolução do projeto Dojo e o êxodo de cerca de 20 funcionários que saíram para fundar a DensityAI lançam luz sobre a dinâmica competitiva no setor de IA. A nova startup, liderada por ex-funcionários da Tesla, incluindo Ganesh Venkataramanan, promete construir soluções para data centers e aplicações robóticas, o que pode desviar talentos e recursos da gigante do automobilismo.
Enquanto isso, Musk parece estar apostando em uma nova abordagem com o projeto Cortex, descrito como 'uma nova megacluster de supercomputação para treinamento de IA'. Essa mudança estratégica sugere que a empresa está tentando encontrar um equilíbrio entre inovação interna e alianças externas para avançar em suas ambições tecnológicas.
