Em um mundo cada vez mais conectado, a tentativa do governo britânico de banir VPNs para proteger crianças online parece ter sido recebida com desdém por especialistas. Enquanto o Online Safety Act entra em vigor, jovens tecnológicos já encontraram maneiras de contornar as regras, desde o uso de selfies criativas até a instalação de VPNs para navegar como se estivessem em outros países.
A ideia de um banimento total de VPNs foi considerada, mas experts ressaltam que isso seria praticamente impossível de implementar. Graeme Stewart, da Check Point Software, comparou a iniciativa a proibir fumar em casa: "Você pode não gostar, mas boa sorte em fiscalizar."
Para além das dificuldades logísticas, um banimento afetaria também usuários-legítimos de VPNs, que usam o serviço para se proteger em redes públicas. Jake Moore, conselheiro global de segurança cibernética da ESET, lembra que muitos países que proibiram VPNs, como China e Rússia, não conseguiram reduzir seu uso. Assim, a proposta britânica pode apenas empurrar o problema para debaixo do tapete.
Enquanto isso, empresas de telecomunicação como a EE já lançaram SIMs especiais para menores de 18 anos, prometendo bloquear conteúdo inadequado. No entanto, especialistas alertam que soluções baseadas em idade não resolverão o problema definitivamente.
Em resumo, tentativas governamentais de controlar o acesso a conteúitos adultos online estão caminhando para um impasse. Enquanto os pais precisam ser mais proativos na regulação do uso de internet por seus filhos, banir VPNs parece mais uma promessa que dificilmente será cumprida.
