A fome no Gásago atinge níveis alarmantes, e a família Sobh é apenas um dos muitos exemplos de como a guerra e o bloqueio estão devastando a vida diária. Cada manhã, Abeer e Fadi Sobh se perguntam: Como conseguirão alimentos para si mesmos e seus seis filhos?
A família vive em um acampamento de deslocados no litoral do Gásago, onde o calor é insuportável e os recursos são escassos. Abeer, uma mãe corajosa, tenta buscar água do mar para limpar seus filhos, enquanto Fadi, que sofre de epilepsia, procura alimentos em cozinhas comunitárias ou nas distribuições de ajuda.
As crianças são o maior desafio. Com 7 anos, Malak já procura plástico no lixo para usar como combustível. Youssef, de 10 anos, carrega garrafões de água pesados, cansado e desanimado. Enquanto isso, Hala, com apenas 9 meses, chora ao sentir o sal do mar em seus olhos.
A situação da família Sobh não é única. O bloqueio israelense, imposto desde março, interrompeu a maior parte das ajuda e alimentos. Mesmo após o relaxamento das restrições, a ajuda chega apenas em pequenas quantidades, e muitos vendedores locais aproveitam para inflar os preços.
É impressionante como a humanidade consegue resistir, mas é ainda mais chocante ver como as crianças são afetadas. Elas crescem em um mundo onde a fome e o medo são companheiros diários. A esperança parece cada vez mais distante.
Enquanto isso, o conflito entre Israel e Hamas continua sem solução clara. A guerra arrasta-se há 22 meses, e as consequências humanitárias são devastadoras. O Gásago se tornou símbolo da miséria e da falta de perspectiva.
A família Sobh tenta seguir em frente, mas a força de Abeer começa a falhar. 'Se a guerra continuar, eu não sei mais o que fazer', diz ela com tristeza. Sua história é a história de milhares que lutam diariamente para sobreviver.