Perl, uma vez tão omnipresente, parece ter perdido seu brilho no mundo da programação. No final do século XX, era quase inevitável encontrar sites construídos com essa linguagem de script. Ela processava grandes volumes de texto e até mesmo era utilizada em bioinformática. Com empresas como Amazon, Google e Yahoo usando Perl, parecia que ela estava aqui para ficar.
Mas a popularidade de Perl sempre foi um pouco surpreendente. A própria natureza da linguagem é bagunçada, com ferramentas que permitem fazer coisas de maneiras variadas. Isso pode ser tanto uma força quanto uma fraqueza. Enquanto algumas pessoas amavam essa flexibilidade, outras se sentiam abafadas pela complexidade.
Quando descobri Python, com sua estrutura ordenada, nunca mais voltei para Perl. E talvez isso reflita um problema maior na indústria da programação. Hoje, parece que estamos cada vez mais interessados em simplicidade e pureza, em detrimento de versatilidade.
Python é incrível, não estou negando. Mas talvez tenhamos perdido algo ao abandonar Perl. Ela nos lembrava de que a programação não precisa ser sempre limpa e enxuta. Às vezes, o mundo é mais complicado do que podemos imaginar, e nossas soluções precisam refletir isso.