Acidente da Voepass: negligência e omissão colocaram 62 vidas em risco

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Em um trágico incidente que abalou o país, um ex-funcionário da Voepass revelou detalhes chocantes sobre a queda do avião que vitimou 62 pessoas em Vinhedo. Atestemunha ouvida com exclusividade pelo g1, ele contou que um piloto relatou uma falha grave no sistema de degelo da aeronave horas antes do acidente, mas essa informação foi deliberadamente omitida do diário de bordo técnico (TLB).

Segundo a testemunha, o problema ocorreu durante o voo noturno que trouxe a aeronave para Ribeirão Preto. O piloto apontou que o sistema de degelo estava funcionando de forma instável, desarmando sozinho e emitindo alertas ('airframe fault'). Essa falha deveria ter impedido a decolagem do voo 2283 na manhã seguinte, mas foi ignorada pela equipe de manutenção.

A omissão da Anac em fiscalizar adequadamente as práticas da Voepass resultou na tragédia. A agência identificou que a empresa operava 2,6 mil voos com aeronaves que não cumpriam os padrões técnicos básicos. Diante dessa constatação, a Anac decidiu cassar definitivamente o Certificado de Operador Aéreo (COA) da companhia, suspendendo assim suas operações.

Essa decisão veio após dez meses de investigação e无数 irregularidades foram encontradas. A suspensão cautelar dos voos foi implementada em 11 de maio de 2025, compelindo a Latam a assumir os compromissos com os passageiros prejudicados.

Este caso serve como um lembrete doloroso da necessidade de maior rigor na segurança aérea. A aviação brasileira não pode mais tolerar práticas arriscadas que colocam vidas em perigo.

Carlos Souza

Carlos Souza

Meus sentimentos às famílias das vítimas. Infelizmente, esse tipo de tragédia é fruto de uma combinação tóxica de negligência e falta de responsabilidade. Esperamos que medidas mais enérgicas sejam tomadas para evitar futuros desastres.

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