A Amazon tem se envolvido em um duelo jurídico e regulatório com a Anatel, agência responsável por regular os produtos de telecomunicação no Brasil. Em recente evento, Juliana Sztrajtman, presidente da Amazon Brasil, afirmou que desde o início das inspeções, nunca foram encontrados smartphones irregulares nos centros de distribuição da empresa. Ela destacou que a companhia investe significativamente em ferramentas tecnológicas e equipe especializada para combater produtos piratas.
Apesar das afirmações da Amazon, a Anatel insiste que o combate à pirataria não está sendo suficiente. Em uma operação realizada no mês passado, a agência apreendeu 1.700 produtos irregulares nos centros de distribuição da Amazon e outros 1.500 no Mercado Livre. A Anatel tem ameaçado tomar medidas mais drásticas, como tirar os sites do ar, caso as empresas não melhorem o combate à pirataria.
No mesmo evento, a Amazon apresentou um relatório de impacto econômico, revelando investimentos de R$ 55 bilhões no Brasil nos últimos dez anos. A empresa emprega diretamente 36 mil pessoas e oferece mais de 550 vagas abertas.
A batalha entre a Amazon e a Anatel reflete um dilema maior: o equilíbrio entre inovação, comércio eletrônico em massa e a necessidade de regulamentação para proteger consumidores. Enquanto isso, os brasileiros continuam a navegar nesse mercado complexo, tentando discernir qual oferta é legítima e qual não passa de um esquema mirabolante.