Em meio à tensão geopolítica, os submarinos nucleares dos Estados Unidos voltam a ser destaque. A Marinha americana opera atualmente 71 submarinos com propulsão nuclear, incluindo 14 equipados com mísseis balísticos nucleares, além de outros de ataque e lançadores de mísseis convencionais.
Os submarinos balísticos, da classe Ohio, são considerados a espinha dorsal da "tríade nuclear" americana. Com ogivas nucleares capazes de atingir qualquer parte do mundo, essas embarcações são quase impossíveis de detectar e oferecem a garantia de retaliação mesmo após um ataque-surpresa.
Cada submarino pode carregar até 20 mísseis balísticos Trident II D5, com alcance superior a 11 mil quilômetros. Seu tempo de operação submersa pode chegar a 90 dias, garantindo que parte da frota esteja sempre pronta para agir.
Recentemente, o presidente dos EUA, Donald Trump, mobilizou dois submarinos nucleares após ameaças do ex-presidente russo Dmitry Medvedev. Trump destacou a importância de responder às "declarações inflamatórias" e reforçou a necessidade de dissuasão nuclear.
Enquanto isso, a Rússia mantém seu sistema de retaliação nuclear, o "Mão Morta", desenvolvido na era soviética. O presidente russo Vladimir Putin já descreveu a ferramenta como uma "arma apocalíptica".
No cenário internacional, Trump também se manifestou sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia, pedindo um cessar-fogo e lamentando as mortes de soldados. Ele estabeleceu um prazo de 10 dias para que Moscou aceite a proposta de trégua dos EUA.
Enquanto os gigantes da Oceano se movimentam, é impossível não pensar na complexidade das relações internacionais e nas consequências de uma escalada nuclear. A história nos lembra que a paz, muitas vezes, é o melhor submarino contra a guerra.