Em um caso que ganhou repercussão nacional, o médico Matheus Magalhães Falcão, responsável pela anestesia no influenciador Ricardo Godoi, virou réu após a morte do famoso durante um procedimento para fechar as costas com tatuagem em Itapema, Santa Catarina. O Ministério Público do estado denunciou o anestesista por homicídio culposo, e o juiz Marcelo Trevisan Tambosi aceitou a denúncia.
Uma tragédia que expõe os riscos da vaidade
A morte de Ricardo Godoi, ocorrida em janeiro deste ano, chocou o país. O influenciador, de 46 anos, faleceu após receber uma anestesia geral para concluir uma tatuagem que pretendia estampar nas suas costas. De acordo com as investigações, a vítima não havia feito consultoria médica prévia e conheceu o médico apenas no dia do procedimento, violando regras básicas da medicina.
O Ministério Público apontou negligência por parte do anestesista, destacando que ele não solicitou os exames clínicos necessários. A polícia localizou a responsável pelo estúdio de tatuagem, que contratou o médico e o hospital para realizar o procedimento. O próprio tatuador relatou que Godoi morreu durante a sedação.
Investigações posteriores revelaram que o influenciador sofria de hipertrofia cardíaca, uma condição que torna o coração mais vulnerável a paradas cardiorespiratórias. O exame pericial constatou que ele estava usando anabolizantes, apesar de familiares declararem que ele não os utilizava há cinco meses.
Uma lição para os tempos da selfie
Enquanto isso, o Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovou uma resolução proibindo a anestesia para realização de tatuagens. A notícia chega a tempo de alertar: os riscos da busca pela perfeição estética não são brincadeiras.