A partida que definiu a final da Liga das Nações de Vôlei Feminina entre Brasil e Itália prometia ser um duelo de titãs. E, de certa forma, foi. A seleção brasileira, campeã olímpica, enfrentou uma equipe italiana cheia de estrelas e comandada pelo técnico argentino Julio Velasco. No entanto, o que ninguém esperava era a entrada de Ekaterina Antropova no jogo. Com 2,02m de altura e apenas 22 anos, a jogadora russa-italiana virou a chave da partida, demonstrando porque é considerada uma das maiores promessas do vôlei mundial.
Uma entrada decisiva
Ekaterina Antropova entrou no lugar de Egonu, a estrela da equipe italiana, durante o segundo set. E, desde que subiu para a quadra, não deu chances para as brasileiras. Com 18 pontos marcados em pouco mais de dois sets – incluindo impressionantes 13 pontos de ataque e quatro de bloqueio -, Antropova mostrou porque é chamada de "carrasca" do Brasil. Sua presença foi determinante para que a Itália conquistasse o tricampeonato da VNL, completando incríveis 29 partidas sem derrota.
De Akureyri à Polônia
A história de Antropova é cheia de voltas e reviravoltas. Nascida na Islândia em 2003, filha de pais russos que se mudaram para São Petersburgo quando ela ainda era bebê, a jogadora teve uma infância marcada por constantes mudanças. Aos 14 anos, mudou-se para a Itália, onde começou a jogar vôlei profissionalmente. No entanto, seu caminho para se tornar cidadã italiana não foi fácil: ela precisou recorrer ao Tribunal Internacional do Esporte para conseguir regularizar sua situação.
Da Rússia à Itália
Antropova começou a jogar vôlei aos sete anos, na Rússia, e rapidamente mostrou talento. Em 2016, foi convocada para um "camping" da seleção russa sub-16, mas não compareceu. Isso fez com que seu nome fosse registrado pela Federação Europeia como russa, o que atrasou sua naturalização italiana. Somente em 2023 ela conquistou a cidadania italiana, permitindo-lhe defender a "azzura" nas competições internacionais.
Uma carreira em ascensão
No mesmo ano de sua naturalização, Antropova foi convocada para o Campeonato Europeu. Em 2024, ela já era considerada uma das principais jogadoras da Itália, ajudando a equipe a conquistar títulos como os Jogos Olímpicos de Paris e a VNL Feminina. Sua performance na final contra o Brasil foi apenas mais um capítulo de sua ascensão no vôlei mundial.
Brasil: O que aconteceu?
Enquanto Antropova brilhava, as brasileiras se perguntavam o que tinha dado errado. A seleção, que entrou em quadra com status de favorita, saiu derrotada por 3 sets a 1. O desempenho abaixo do esperado das jogadoras, aliado à entrada de Antropova no momento crucial da partida, custou o título brasileiro. Foi mais uma prova de que,有时候, o futebol e o vôlei são muito parecidos:有时候umas mudanças no decorrer do jogo podem fazer toda a diferença.
Um final de ciclo
A derrota para a Itália marcou o fim de um ciclo para o vôlei brasileiro. As jogadoras, que estavam em busca do tricampenato, tiveram que se contentar com a medalha de prata. Enquanto isso, a Itália celebra mais um título, consolidando-se como uma das maiores potências do vôlei mundial. E Ekaterina Antropova? Ela segue sua trajetória ascendente, provando que sometimes, a mudança de plansometimes pode ser o que falta para alcançar a vitória.