Apple investe US$ 100 bilhões para fabricar iPhones nos EUA

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A Apple anunciou um investimento recorde de US$ 100 bilhões para fabricar componentes do iPhone nos Estados Unidos, ampliando o total para US$ 600 bilhões. A notícia foi divulgada em uma live transmitida pela Casa Branca, com a participação do presidente dos EUA, Donald Trump, e do CEO da Apple, Tim Cook.


Parte desse investimento será destinada à produção local de chips, inclusive por meio de parcerias com empresas asiáticas. Durante o evento, Trump anunciou uma tarifa de "quase 100%" sobre a importação de chips pelos EUA, excluindo companhias que comprometam-se a fabricar esses equipamentos no país.


Cook foi questionado sobre a possibilidade da Apple produzir todo o iPhone nos EUA. Atualmente, 80% dos aparelhos são montados na China e 15% na Índia, com o Brasil também participando de algumas etapas da produção. Trump destacou que os EUA pretendem oferecer incentivos para que "um dia" o iPhone seja produzido integralmente no país.


Apesar desse anúncio, especialistas alertam que a transição não será simples e pode resultar em um aumento significativo nos custos de produção. Caso fosse fabricado exclusivamente nos EUA, o iPhone poderia custar até três vezes mais.


A Apple prometeu criar 20 mil empregos nos Estados Unidos, principalmente nas áreas de desenvolvimento de software, engenharia e inteligência artificial. A empresa também anunciou parcerias com dez empresas norte-americanas responsáveis por produzir componentes para dispositivos da marca.


Enquanto isso, Trump segue sua estratégia protecionista, pressionando a Apple para que transferisse a fabricação de iPhones para os EUA. Em maio, ele chegou a ameaçar impor uma tarifa de 25% sobre produtos da Apple caso a empresa não atendesse à demanda.

Ana Paula Costa

Ana Paula Costa

Enquanto a Apple investe US$ 100 bilhões nos EUA, o Brasil continua exportando apenas pequenas partes do iPhone. Será que nossas empresas locais estão preparadas para uma mudança tão significativa na cadeia de produção? Ou será que estamos destinados a sempre ocupar um lugar secundário nesse ecossistema global?

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