A Liga dos Estados Árabes e países muçulmanos, incluindo Catar, Arábia Saudita e Egito, emitiram, pela primeira vez, um apelo conjunto para que o Hamas desmisse armas e renuncie ao poder no Strip da Gaza, como parte de esforços para encerrar a guerra na região.
A declaração conjunta, assinada em uma conferência das Nações Unidas coorganizada pela Arábia Saudita e França, foi apoiada por 22 membros da Liga Árabe, a União Europeia e mais 17 países. O encontro teve como objetivo abordar 'a solução pacífica da questão palestina' e estabelecer quais passos os signatários consideram necessários.
Entre as propostas está a transferência do governo, aplicação da lei e segurança de todo território palestino para a Autoridade Palestina, com apoio internacional. O documento também condenou o ataque mortal de 7 de outubro de 2023 perpetrado pelo Hamas contra Israel e sugeriu a implementação de uma 'missão de estabilização internacional temporária' sob a égide das Nações Unidas.
Em meio a esse contexto, a França elogiou o declaraimento como 'inédito', destacando a posição inédita dos países árabes e muçulmanos em condenar os atos terroristas de outubro. Por outro lado, Israel e Estados Unidos expressaram forte descontentamento com as declarações da França e Grã-Bretanha.
Enquanto isso, o Reino Unido anunciou que reconhecerá o estado palestino a menos que Israel concorde com um cessar-fogo em Gaza. A posição divide opiniões internacionais, especialmente considerando a resistência do Hamas em renunciar ao poder no enclave.