Sarah Jaffal acordou com a cabeça pesada devido a um resfriado e, grogue, arrastou-se para a cozinha. O apartamento estava em silêncio, quebrado apenas pelo zumbido estranho de um aparelho localizado perto da mesa.
Annoyed but curious, the 21-year-old picked up the device belonging to a family member. She saw a message: "Error," then "Press OK."
Elisa não teve tempo de responder. Nem sequer ouviu a explosão.
"Me senti em um vórtice.", contou ela, que ficou entre a vida e a morte por horas, sangrando pela boca e com dor excruciente nos dedos. Naquele momento, 17 de setembro de 2024, milhares de aparelhos distribuídos pelo Hezbollah explodiram em casas, escritórios, lojas e linhas de frente em todo o Líbano, detonados remotamente pela Israel.
O ataque foi surpreendente em sua amplitude. Feriu mais de 3.000 pessoas e matou 12, incluindo duas crianças.
Israel vangloria-se disso como demonstração de sua superioridade tecnológica e de inteligência. O premiê Benjamin Netanyahu recentemente presenteou o presidente dos EUA, Donald Trump, com um aparelho dourado em homenagem à operação.
Relatos de direitos humanos e da ONU, no entanto, afirmam que o ataque pode ter violado a lei internacional, chamando-o de indiscriminado.
Cerca de dez meses após o ataque, os sobreviventes seguem em um caminho lento e doloroso para se recuperar. Eles são facilmente identificáveis, com olhos perdidos, rostos marcados por cicatrizes e mãos sem dedos — sinais do momento em que verificaram o aparelho zumbindo.
As cicatrizes também os marcam comoprovavelmente membros do Hezbollah ou dependentes.
A Enxurrada de Giz de Certo: Um Ataque Inesperado no Líbano


É impressionante como a tecnologia pode se tornar uma arma tão eficiente e devastadora. Enquanto Israel exibe seu aparelho de ouro, o mundo assiste a mais um capítulo da trágica saga no Oriente Médio. Que ironia, hein?
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