Em meio a uma trama que parece saída de um filme de espionagem, a senadora democrata Maria Cantwell, do estado de Washington, está exigindo que a firma de resposta a incidentes Mandiant, empresa pertencente ao Google, revele os relatórios de segurança relacionados ao ataque cibernético conhecido como 'Salt Typhoon' sofrido pelas operadoras AT&T e Verizon. A senadora afirma que essas empresas estão resistindo em entregar essas informações ao Congresso dos Estados Unidos.
Segundo relatos, as redes de telecomunicação das duas empresas foram invadidas por piratas cibernéticos ligados à China, o que pode ter concedido acesso a longo prazo a sistemas críticos nos Estados Unidos. Em uma carta enviada em 23 de julho, Cantwell pediu que Mandiant compartilhe esses documentos com o Congresso até o dia 6 de agosto. Ela expressou preocupação com a recusa das empresas em fornecer documentação específica que corroboraria suas alegações de que as redes estão seguras.
As revelações sobre o 'Salt Typhoon' destacam uma realidade assustadora: os ataques cibernéticos não são mais apenas um problema de segurança, mas sim uma guerra silenciosa entre nações. Enquanto isso, especialistas alertam que é altamente improvável que as operadoras tenham eliminado completamente os espionages chineses ou fechado todas as portas de entrada nas redes americanas.
Essa situação leva-nos a refletir sobre a fragilidade da cibersegurança em um mundo cada vez mais conectado e interdependente. Enquanto os Estados Unidos buscam proteger suas infraestruturas críticas, o exemplo brasileiro não é muito diferente: nossas redes também estão expostas, e a falta de transparência pode levar a graves consequências.
