Após um longo período de estabilidade nas contas de luz, os brasileiros se preparam para enfrentar um aumento significativo a partir do próximo mês. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou que o mês de agosto terá acionamento da bandeira tarifária vermelha no patamar 2, o maior nível de alerta. Isso significará um adicional de R$ 7,87 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
O motivador desse aumento não é exatamente uma surpresa: as chuvas abaixo da média em todo o país reduziram a geração de energia hidrelétrica, obrigando o sistema a recorrer a fontes mais caras, como usinas termelétricas. Essa transição do período chuvoso para o seco, aliada a previsões desfavoráveis, levou à adoção da bandeira vermelha.
É importante lembrar que a sistemática de bandeiras tarifárias foi criada em 2015 para refletir os custos variáveis da geração de energia. Enquanto a bandeira verde não adiciona custos extras, as cores amarela e vermelha representam fases mais críticas:
- Bandeira amarela: acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 kWh;
- Bandeira vermelha patamar 1: adicional de R$ 4,463;
- Bandeira vermelha patamar 2: acréscimo de R$ 7,877.
Mais do que um simples aumento nas contas, essa medida reflete a complexidade do sistema energético brasileiro e a dependência das condições climáticas. Enquanto o governo celebra a 'transição saudável' para o período seco, os consumidores enfrentarão gastos extras em um momento já desafiador economicamente.
A Aneel também destacou a importância da conscientização sobre o uso de energia. 'A economia de energia não apenas ajuda a preservar recursos naturais como contribui para a sustentabilidade do setor elétrico', alertou a agência.