Em meio a um verão quente e seco, os brasileiros voltam a enfrentar o pesado encargo das contas de luz. A Aneel anunciou que a bandeira vermelha no patamar 2 será aplicada em agosto, elevando o preço da energia para todos os consumidores.
Com essa mudança, cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos terão um custo adicional de R$ 7,87. Esse aumento representa um salto considerável em comparação aos meses de junho e julho, quando a bandeira vermelha estava no patamar 1, com acréscimo de apenas R$ 4,46 por 100 kWh.
A causa desse reajuste? A redução das chuvas em grande parte do país, que prejudica a geração de energia hidrelétrica. Com os reservatórios vazios, o sistema precisa recorrer a usinas termelétricas, que têm um custo operacional muito maior.
Esta não é a primeira vez que os brasileiros enfrentam um aumento nas tarifas de energia. Em maio, a bandeira era amarela, com acréscimo de R$ 1,88, e de janeiro a abril, a situação foi considerada 'normal' com a bandeira verde. Agora, o terceiro reajuste consecutivo coloca ainda mais pressão nas finanças familiares.
O sistema de bandeiras tarifárias, criado em 2015, é um indicador do custo variável da geração de energia. A cor vermelha no patamar 2 sinaliza que o país está enfrentando uma situação excepcional e cara para manter a energia nos lares, comércios e indústrias.
Enquanto o governo celebra o 'fim do período chuvoso' como algo natural, os brasileiros se perguntam: quando será o próximo aumento? E por que a dependência das hidrelétricas ainda não foi revista?