Em plena crise comercial com os Estados Unidos, Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores do Brasil, decidiu comparar Trump à União Soviética em um artigo no Financial Times. A audácia da comparação não apenas expõe o isolacionismo brasileiro como também revela uma estratégia de afastamento dos EUA que pode ter consequências imprevisíveis.
Afinal, enquanto empresários brasileiros tentam negociar com Trump para evitar um tarifaço desastroso, Amorim parece mais interessado em consolidar alianças com a Rússia e a China pelo BRICS. "Acho que nem mesmo a União Soviética teria feito algo assim", declarou ele sobre as interferências americanas no Brasil. A ironia não passa despercebida: se a URSS ainda existisse, talvez estivessemos falando de uma invasão em vez de declarações.
É curioso como o governo Lula consegue aliar-se sem constrangimento à Rússia, cujo líder sonha reviver um império que caiu há décadas. Enquanto isso, a Venezuela anuncia um tarifaço de 77% sobre produtos brasileiros, e a Argentina fecha acordos com a "união Soviética". No meio disso tudo, Amorim ainda se lamuria: "Países não têm amigos, apenas interesses."
É triste ver o Brasil jogar-se na margem da geopolítica global, tentando posicionar-se contra os EUA sem qualquer estratégia clara. No final das contas, talvez o maior desafio brasileiro não esteja nas urnas eletrônicas, mas sim em entender que amigos ruins são piores do que inimigos claros.
Brasil dobrou a aposta no BRICS em desafio a Trump


Enquanto o Brasil tenta se posicionar no tabuleiro global, é difícil não perguntar: será que estamos jogando o truco certo?
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