Brasil na fila: Trump fecha acordos com UE, Japão e China, mas brasileiros ficam de fora

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A cinco dias do fim do prazo estipulado pelo governo dos Estados Unidos para que os demais países entrem em um acordo com Washington a respeito das tarifas comerciais impostas pelo presidente norte-americano Donald Trump, o Brasil vai ficando no fim da fila e com chances cada vez menores de escapar do chamado 'tarifaço'.

Neste domingo (27/7), após uma reunião com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em Edimburgo (Escócia), Trump confirmou que EUA e União Europeia (UE) chegaram a um acordo sobre as tarifas. 'A UE vai concordar em comprar dos EUA US$ 750 bilhões em energia', afirmou Trump. De acordo com o republicano, a UE também concordou em investir US$ 600 bilhões nos EUA a mais do que já está investindo. O acordo é semelhante ao fechado com os demais países que conseguiram diálogo com a Casa Branca, como o Japão.

Os EUA também instauraram investigação comercial, aberta pelo Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR, na sigla em inglês), a pedido de Trump. O governo norte-americano afirma que a análise pretende investigar supostas práticas comerciais desleais do Brasil em relação aos EUA e cita como exemplo as recentes disputas judiciais envolvendo plataformas digitais.

No caso brasileiro, a situação parece mais política do que econômica, já que o país tem déficit no comércio com os EUA, mas Trump tem insistido na defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu governo tem fechado as portas para negociações técnicas.

Veja os principais países que já fecharam acordos com os EUA de Trump sobre as tarifas:

  • Neste domingo, a reunião entre Trump e Von der Leyen sacramentou o acordo comercial entre europeus e norte-americanos. As tarifas de 30% impostas por Trump serão reduzidas para 15%, em formato semelhante ao que ocorreu com o Japão.
  • No dia 22 de julho, o governo Trump anunciou um acordo comercial com o Japão. O acerto prevê investimentos de US$ 550 bilhões do Japão nos EUA.
  • Parceiro histórico dos EUA, o Reino Unido foi o primeiro país a anunciar um acordo com Trump sobre as tarifas comerciais, no início de maio.
Lucas Martins

Lucas Martins

Enquanto os demais países se curvam aos caprichos de Trump e buscam acordos que 'reequilibrarão' suas relações comerciais, o Brasil parece ter optado por um caminho mais... digamos, desafiador. Com o governo brasileiro insistindo na defesa do ex-presidente Bolsonaro, em vez de promover negociações técnicas, o país corre o risco de se tornar ainda mais periférico no cenário global. Afinal, quem disse que a diplomacia é uma ciência exata?

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