Em plena era de desafios globais, o Brasil surpreendeu mais uma vez com a notícia de que saiu do Mapa da Fome. Em um mundo onde a fome ainda é um fantasma que assombra milhões, nosso país conquistou esse marco histórico após apenas dois anos de esforço. O relatório divulgado pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) durante a 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares na Etiópia confirma que o Brasil está abaixo do patamar de 2,5% de população em risco de subnutrição ou falta de acesso à alimentação suficiente.
Como isso aconteceu? A nota técnica divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social destaca que a saída do Mapa da Fome foi resultado de decisões políticas que priorizaram a redução da pobreza, o estímulo à geração de emprego e renda, o apoio à agricultura familiar e o fortalecimento da alimentação escolar. Em outras palavras, a combinação de ações coordenadas e investimentos em programas sociais foi decisiva para alcançar esse objetivo.
É importante lembrar que o Brasil já havia saído do Mapa da Fome em 2014, mas voltou no triênio 2018/2020. Agora, com os dados de 2022/2024, volta a se situar abaixo daquele limiar. Isso não apenas reflete o esforço governamental, mas também a resiliência da população brasileira e a capacidade do país em superar desafios.
No entanto, é essencial manter a cautela. A luta contra a fome não terminou. O Mapa da Fome é um indicador que mede a prevalência de subnutrição, mas existem outras dimensões da segurança alimentar que merecem atenção. A FAO utiliza o Índice de Prevalência de Subnutrição (PoU), que considera fatores como produção de alimentos, consumo per capita e acesso a nutrientes adequados.
Para o Brasil, essa conquista é um passo significativo, mas também serve de alerta para o futuro. É necessário garantir que essas políticas sejam mantidas e adaptadas para enfrentar novos desafios, como crises econômicas, mudanças climáticas e desigualdades sociais.