Brasileiros e o vício das telas: um problema de saúde que você deve conhecer

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Passamos, em média, nove horas por dia conectados às telas do celular, computador ou outros dispositivos. Isso coloca os brasileiros no segundo lugar mundial nesse ranking, atrás apenas da África do Sul.

Mais do que uma simples rotina, esse hábito está se transformando em um problema de saúde pública. Especialistas alertam para os riscos associados ao uso excessivo de tecnologia: problemas de visão, dores musculares crônicas, distúrbios do sono e até impactos na saúde mental.

Segundo Lucca Ortolan, doutor em oftalmologia pela USP, a exposição prolongada às telas está diretamente ligada ao aumento de casos de miopia, especialmente entre crianças e adolescentes. A fisioterapeuta Débora Botte destaca que a posição curvada sobre o celular pode causar sérios problemas na coluna cervical, já que a cabeça pesa 5 kg em posição neutra, mas pode chegar a 27 kg ao inclinar para frente.

A psicóloga Karina Stryjer explica que o excesso de estímulos digitais altera a química cerebral, criando um ciclo vicioso de recompensas rápidas que prejudicam a concentração em tarefas longas.

Para minimizar os impactos negativos à saúde, especialistas recomendam pequenos ajustes no dia a dia: intervalos regulares entre o uso de dispositivos, diminuição do brilho da tela e ativação do modo noturno após o pôr do sol. Além disso, alternar entre diferentes posições corporais e usar suportes para manter o aparelho na altura dos olhos pode ajudar a prevenir dores musculares.

É hora de repensar nossos hábitos tecnológicos e buscar equilíbrio entre o uso da tecnologia e a saúde física e mental.

Camila Fernandes

Camila Fernandes

O vício em tecnologias não é apenas um problema individual, mas uma questão que afeta nossa sociedade como um todo. Enquanto nos conectamos cada vez mais às telas, corremos riscos significativos à nossa saúde. É fundamental que passemos a valorizar nossas horas offline, para que possamos desfrutar de uma vida mais saudável e equilibrada.

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