Bruno Henrique, o atacante do Flamengo acusado de manipulação de resultados e fraude em competições esportivas, é um caso único no futebol brasileiro. Em média, ele recebe 10,1 cartões por ano, um número que chama a atenção e sugere uma peculiaridade na sua carreira.
A investigação revela que desde 2015, quando estreou no Goiás, até a temporada passada pelo Flamengo, Bruno acumulou 94 cartões amarelos e 7 vermelhos, totalizando 101 advertências. Em 2019, seu ano de maior atividade, ele recebeu 17 cartões, incluindo 16 amarelos e um vermelho, enquanto disputava 60 jogos e marcava 35 gols.
No entanto, a passagem mais disciplinada de Bruno foi no futebol alemão. Durante seu período no Wolfsburg, entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, ele recebeu apenas um cartão amarelo em 17 partidas disputadas.
A denúncia apresentada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) aponta que Bruno Henrique foi incentivado por seu irmão, Wander Nunes Pinto Junior, a forçar o cartão amarelo em um jogo contra o Santos. De acordo com os promotores, mais de 95% das apostas feitas eram direcionadas ao recebimento de cartão amarelo por Bruno Henrique.
A Justiça aceitou a denúncia, e agora Bruno terá que apresentar defesa prévia no processo. Caso seja condenado, ele pode enfrentar uma pena entre 2 e 6 anos de prisão, além de multa.