Em meio ao tarifaço imposto pelo governo dos Estados Unidos, o Brasil mantém sua posição de destaque na exportação de produtos como café e celulose.
Sabia que o café brasileiro é tão especial que até mesmo com taxas elevadas, os americanos continuam preferindo? Apenas 30 toneladas por ano são suficientes para manter o gosto único que conquista os consumidores lá.
Muitos fatores contribuem para essa resistência. Primeiro, o ciclo longo da produção do café dificulta a substituição rápida por outros produtos. Além disso, a qualidade superior e o sabor característico brasileiro fazem com que os Estados Unidos mantenham seu consumo, mesmo que em menor escala.
No caso da celulose, outro produto-chave, a situação é semelhante. Apesar das taxas de 10%, o Brasil continua sendo o maior exportador para os EUA graças à alta qualidade e adaptabilidade do produto às demandas americanas. "É difícil substituir algo que atende bem ao padrão", afirma Antonio Lacerda, diretor-geral da CMPC.
Para complicar ainda mais, a flutuação do câmbio ajuda o Brasil nessa guerra comercial. Enquanto o dólar sofre desvalorização, o real se mantém estável relativamente, tornando nossos produtos mais competitivos no mercado internacional.
Enquanto isso, o professor Ricardo Fagundes Leães explica que, a longo prazo, é inevitável uma queda no consumo, mas a posição estratégica do Brasil no mercado global garante que nossos produtos mantenham-se relevantes. "É uma dança dos números, mas o Brasil sabe se movimentar", resume ele.