Câncer de pele entre os idosos está se tornando uma epidemia silenciosa no mundo moderno. Um recente estudo publicado na revista Jama Dermatology revela um aumento significativo nos casos desse tipo de câncer nas últimas três décadas, especialmente em homens e em regiões economicamente mais desenvolvidas como a Austrália, Nova Zelândia e América do Norte.
A dermatologista Selma Hélène, do Hospital Einstein Israelita, destaca que o envelhecimento da população, aliado à maior procura por consultas dermatológicas, tem contribuído para um incremento nos diagnósticos precoces. No entanto, a negligência em采取 medidas de proteção solar, especialmente entre os homens, parece ser um fator preponderante nesse aumento.
Para se ter uma ideia, o câncer de pele, que inclui tanto o melanoma quanto o não-melanoma, é a doença cancerígena mais comum no Brasil. Enquanto o não-melonoma apresenta taxas altas de cura quando diagnosticado precocemente, o melanoma é considerado mais perigoso devido à sua capacidade de metastatizar.
A exposição excessiva ao sol e a queimaduras solares, especialmente durante a infância e adolescência, são fatores de risco significativos. Estudos indicam que os idosos com pele clara e maior histórico de exposição solar estão mais propensos a desenvolver a doença.
Para além das estatísticas, o aumento dos casos entre os idosos reflete um problema maior: a falta de prevenção em todas as fases da vida. "A pele é o maior órgão do corpo humano", lembra Hélène. "Ela merece ser protegida desde a infância."