Em um movimento inédito no mundo do cinema, Christopher Nolan decidiu antecipar a venda de ingressos para The Odyssey, sua adaptação da obra prima de Homero, quase um ano antes de seu lançamento previsto. A iniciativa já gerou polêmica: é um giro de jogo estratégico ou apenas mais uma manobra marketing?
Uma aposta arriscada
Nolan, que vem conquistando fãs com filmes como Tenet e Interstellar, apostou alto ao lançar os ingressos para as sessões de estreia em formatos exclusivos como o IMAX 70mm. Ainda em produção, o filme já conquistou a atenção do público, com a maioria dos ingressos vendidos em menos de um dia. No entanto, essa estratégia não é sem críticas.
O desafio da indústria
Enquanto os estúdios传统mente começam a promover filmes seis meses antes de seu lançamento, Nolan quebra o molde. A ideia é transformar o filme em um evento cultural, algo que vale a pena ser esperado e discutido. Para Tatyana Arrington, jornalista de entretenimento, o sucesso da estratégia está ligado à crescente preferência dos espectadores por formatos premium e à nostalgia associada às salas de cinema de antigamente.
Quem lucra?
Apesar do hype inicial, a medida também expõe desafios. Somente 16 cinemas nos EUA possuem equipamentos para exibir em IMAX 70mm, limitando o alcance do público. Além disso, os altos preços dos ingressos e a especulação por parte dos scalpers tornam a experiência ainda mais elitista.
Um exemplo a ser seguido?
Jack Cunningham, fã de Nolan em Chicago, questiona se outras produções conseguiriam replicar esse modelo. "Acho que Nolan é único nisso", diz. "Não vejo outro cineasta conseguindo esse tipo de resultado."