Crise dos empréstimos estudantis: Milhões correm risco de ter salários retidos

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Em um alerta preocupante para milhões de brasileiros que estudaram no exterior, o Bureau de Crédito TransUnion prevê que até agosto, cerca de 3 milhões de tomadores de empréstimos estudantis entrarão em default. Isso significaria que eles estariam 270 dias atrasados nas suas pagamentos, colocando-os em risco de terem até 15% de seus salários retidos pelo governo para quitar dívidas.


A suspensão das exigências dospagamentos durante a pandemia terminou em maio, deixando muitos alunos diante de um dilema: reassessar suas finanças e ver se estão em dia com os empréstimos federais. Segundo dados, outros 2 milhões devem entrar em default no próximo mês.


Para complicar ainda mais, o período de graça concedido pelo governo Biden, durante o qual atrasos não afetavam o score de crédito, terminou no outono. Desde então, milhões já enfrentam problemas com sua nota creditícia. Kyra Taylor, advogada do National Consumer Law Center, alerta que os tomadores devem verificar o estado de seus empréstimos e, caso estejam em default, buscar saídas como acordos de reabilitação ou consolidação de dívidas.


Muitos brasileiros, especialmente aqueles que cursaram diferentes períodos ou programas, podem ter vários servidores de empréstimos. Aconselha-se a verificar o status e, se necessário, entrar em contato com representantes legislativos para ajuda. Caso contrário, o risco de verificação de salários é iminente.


Richelle Brooks, uma administradora educacional em Los Angeles, relata como está lidando com a notícia: "Estou recebendoavisos e não posso pagar 3.000 dólares por mês. Estamos apenas saindo de um período de suspensão de pagamentos há cinco anos. As pessoas estão assustadas."


Para se defender, os tomadores podem solicitar audiências administrativas no prazo de 30 dias após receberem notificações. Durante esse tempo, podem argumentar que o desconto afetaria sua situação financeira e pedir que a porcentagem retida seja reduzida.


Enquanto isso, o Departamento de Educação promete enviaravisos detalhando as consequências para aqueles que não tomarem providências. Até lá, prepare-se: o risco é real e iminente.

Rafael Pereira

Rafael Pereira

É impressionante como o sistema educacional transformou algo que deveria ser uma oportunidade em um peso insuportável para milhões. Enquanto os bancos sorriem com juros exorbitantes, os alunos se perguntam como pagarão suas dívidas e ainda conseguirão viver. Até quando permitiremos que a educação seja mercantilizada?

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