Quando Cezar Maurício Ferreira foi preso por embriaguez ao volante, ninguém imaginava que a história terminaria de forma trágica. O dentista, encontrado morto em uma cela da Central de Polícia de São José, teve sua causa mortis revelada recentemente: uma arritmia cardíaca decorrente de cardiopatia hipertrófica.
A prisão ocorreu após um acidente de trânsito na rua Cândido Amaro Damásio. A Polícia Militar notou que ele não conseguia responder adequadamente e aparentava estar embriagado. No entanto, familiares insistem que Cezar estava sofrendo um infarto no momento da abordagem.
Um laudo pericial, assinado pelo médico legista Felipe Quintino Kuhnen, detalhou que o dentista apresentava sinais de cardiopatia hipertrófica. Além disso, exames toxicológicos detectaram a presença de vários medicamentos, incluindo antidepressivos, anti-hipertensivos e antidiabéticos. Esses remédios, segundo o laudo, aumentam significativamente o risco de arritmias cardíacas fatais.
A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar as circunstâncias da morte. Familiares e advogados buscam respostas sobre como Cezar, que também era servidor do Tribunal Regional do Trabalho (TRT/SC), pôde vir a óbito tão repentinamente.
Este caso lança luz sobre os desafios de identificar sintomas de saúde sérios em meio à crise de álcool e o impacto de medicamentos no sistema cardiovascular. Ainda que a Justiça siga seu curso, fica claro que histórias como essa não deixam de ser um lembrete da complexidade da vida humana — e das vezes em que ela é interrompida prematuramente.